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Outubro rosa: diagnóstico precoce pode salvar vidas

16 de outubro de 2019

Outubro é o mês de usar rosa para lembrar que é preciso cuidar de si mesma, estar atenta ao próprio corpo e à saúde. Não dá para deixar para depois quando se fala em câncer de mama. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostram que a expectativa para o biênio 2018-2019 é de 59,7 mil novos casos no Brasil. No Rio Grande do Sul serão 5,5 mil casos. O número aumenta 1 a 2% ao ano. Ou seja: é preciso se prevenir.

O médico mastologista diretor da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e chefe dos Serviços de Mastologia do Hospital Conceição e Ernesto Dornelles, José Pedrini, destaca que quanto menos informação as mulheres recebem sobre o diagnóstico precoce do câncer de mama, mais chances têm de morrer em consequência da doença.

Uma pesquisa da SBM revelou que as taxas de mortalidade aumentaram nos estados onde há alto índice de exclusão humana e social e baixo índice de desenvolvimento humano, como é o caso de Rondônia, Tocantins, Santa Catarina, Maranhão, Piauí, Alagoas, Sergipe e Ceará.

Já nos estados onde o índice de desenvolvimento humano é alto e a exclusão social é baixa, as taxas diminuíram, como nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.

Segundo Pedrini, as mulheres estão, de forma progressiva, mais conscientes e muitos casos têm sido diagnosticados nos estágios iniciais da doença. Ele, salienta, contudo, que o atendimento médico também precisar ser acessível. “Ainda temos dificuldades no que diz respeito ao acesso e à qualidade dos serviços prestados, em especial às pessoas que dependem do SUS. Então, não adianta termos campanhas de conscientização se faltam atendimento e qualidade”, pondera.

Autocuidado faz toda a diferença

Mas por que descobrir o câncer de mama no estágio inicial é tão importante? O diretor da Sociedade Brasileira de Mastologia alerta que essa pode ser a diferença entre viver e morrer. “A cirurgia e o tempo de recuperação serão menores em doenças iniciais. Além do que o custo do tratamento é maior quanto mais avançada a doença”, ressalta.

Ou seja: cuide-se! A recomendação da SBM é de que mulheres entre 40 e 70 anos realizem a mamografia anualmente. Para mulheres com parentes próximos com câncer de mama, a orientação é que mamografia seja iniciada 10 anos antes da idade do caso familiar. Pedrini ainda orienta que o autoexame deve ser feito mensalmente. Já a consulta médica, anualmente. A ecografia, se o médico sugerir.

O mastologista também informa que desde 2009 toda a mulher que precisar retirar sua mama para ser tratada terá direito a reconstrução imediata garantida por lei. “Os tratamentos estão personalizados e se usa somente o que pode ser benéfico para a mulher”, diz.

Fonte: Correio do Povo

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