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Ao lançar a campanha para reeleição, Trump diz que economia americana é ‘inveja’ do mundo

21 de junho de 2019

Quatro anos e dois dias após anunciar sua primeira e improvável campanha à presidência dos EUA, Donald Trump oficializou nesta terça-feira sua candidatura à reeleição. Em seu discurso, afirmou que a economia americana é a “inveja” do mundo.

“Nosso país avança, prospera e está em pleno crescimento”, disse aos cerca de 20 mil seguidores que o ovacionaram, emocionados, ao vê-lo chegar ao centro de convenções Amway Center de Orlando, cidade do centro da Flórida, Estado que terá um papel importante nas eleições americanas.

É talvez a melhor economia que tivemos na história de nosso país”, disse o presidente, destacando os bons indicadores econômicos para convencer o eleitorado de que merece um segundo mandato.

Ele também oficializou seu slogan de campanha: “Keep America Great” (Mantenhamos a América Grande, em tradução livre), como sucessor do “Façamos os EUA grandes de novo”, de 2016.

O presidente disse à multidão que, juntos, formam “um grande movimento político”, que “intimidou o establishment político corrupto” e voltou a dirigir seus ataques aos democratas, contra quem prometeu “um terremoto nas urnas”.

“Nossos adversários radicais democratas são influenciados pelo ódio, o preconceito e a raiva. Querem destruir nosso país como o conhecemos. Não é aceitável”, afirmou.

O presidente também aproveitou para denunciar os meios de comunicação que, segundo ele, publicam “notícias falsas”, um comentário que provocou vaias do público à imprensa.

Assim como no início de sua busca pela Casa Branca, quando prometia construir um muro na fronteira com o México para impedir a “invasão migrante”, o tema continua um dos principais na agenda republicana. Na segunda-feira, Trump prometeu iniciar um processo de deportação de “milhões” de imigrantes ilegais. Segundo estimativas, nos EUA vivem cerca de 11 milhões de imigrantes sem documentos.

Para alguém que quer ser visto como de fora do meio político, apesar de ocupar o Salão Oval, o comício desta noite foi uma oportunidade para, pelo menos por uma noite, voltar a 2015. Naquele ano, com pouco a perder, Trump fez promessas robustas, como a de construir um muro e fazer o México pagar por ele, o que não aconteceu.

No entanto, agora, à frente dos EUA, há muito mais em jogo. Trump concorre à reeleição como o primeiro presidente em exercício a não ter nem um dia uma aprovação acima dos 50%, segundo o jornal New York Times.

Trump, na verdade, vem fazendo campanha para reeleição desde que se mudou para a Casa Branca. Ele apresentou os papéis à Comissão Federal Eleitoral para a campanha de reeleição em 20 de janeiro de 2017 – mesmo dia em que tomou posse como presidente.

Sem uma nova mensagem ou uma agenda clara para um segundo mandato, os assessores de Trump, de acordo com o New York Times, apostam que, se ele seguir o mesmo manual básico, combinando sua habilidade de chocar e entreter, será suficiente para animar novamente seus eleitores e garantir o voto dos indecisos, que apostaram nele em 2016.

A escolha da Flórida para o lançamento da campanha não foi por acaso. Com 14 milhões de eleitores, o Estado é chave nas eleições americanas. Disputado por democratas e republicanos, costuma deixar o país em suspense com votações apertadas.

Embora Trump seja impopular entre os eleitores hispânicos em nível nacional por seu gerenciamento da crise migratória, os que moram no sul da Flórida, em particular, sentem bastante simpatia por ele. Em sua maioria, são cubanos que votarão a favor do candidato que promete linha dura contra qualquer governo de esquerda da América Latina.

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