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Após dois meses de queda, produção industrial brasileira cresce 7% em maio

2 de julho de 2020

A produção industrial brasileira avançou 7% em maio, na comparação com abril, conforme divulgou nesta quinta-feira (02) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A alta vem após dois meses seguidos de queda e de um tombo recorde em abril (-18,8%).

Embora tenha sido a maior alta já registrada pela pesquisa para um mês de maio, o avanço eliminou apenas parte das perdas acumuladas desde o início da pandemia de coronavírus.

“O crescimento, no entanto, foi insuficiente para reverter a queda de 26,3% acumulada nos meses de março e abril. Com isso, o setor atinge o segundo patamar mais baixo desde o início da série histórica da Pesquisa Industrial Mensal, sendo que o menor nível foi registrado em abril deste ano”, informou o IBGE.

Na comparação com maio de 2019, houve queda de 21,9%, sétimo resultado negativo seguido nesse tipo de comparação e a segunda queda mais elevada desde o início da série histórica, atrás apenas do resultado de abril (-27,3%).

No ano, a indústria acumulou queda de 11,2%. Em 12 meses, o recuo é de 5,4%, o mais intenso desde dezembro de 2016 (-6,4%). Com a leve recuperação em maio, o patamar da produção industrial brasileira está 34,1% abaixo de seu pico histórico, alcançado em maio de 2011.

“A partir do último terço de março, várias plantas industriais foram fechadas, sendo que, em abril, algumas ficaram o mês inteiro praticamente sem produção, culminando no pior resultado da indústria na série histórica da pesquisa. O mês de maio já demonstra algum tipo de volta à produção, mas a expansão de 7%, apesar de ter sido a mais elevada desde junho de 2018 (12,9%), se deve, principalmente, a uma base de comparação muito baixa”, explicou André Macedo, gerente da pesquisa.

Alta em 20 dos 26 segmentos

Entre os segmentos de atividades, o crescimento frente ao mês anterior foi generalizado, alcançando todas as grandes categorias econômicas e com alta em 20 dos 26 ramos pesquisados.

A influência positiva mais relevante foi assinalada por veículos automotores, reboques e carrocerias (244,4%), que interrompeu dois meses seguidos de queda na produção e marcou a expansão mais acentuada desde o início da série histórica, mas ainda assim se encontra 72,8% abaixo do patamar de fevereiro.

Outros destaques positivos foram os segmentos de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (16,2%), que voltou a crescer após acumular perda de 20,0% em três meses consecutivos de taxas negativas, e bebidas (65,6%), que eliminou parte da redução de 49,6% acumulada nos meses de março e abril de 2020.

“As atividades foram impulsionadas, em grande medida, pelo retorno à produção [mesmo que parcialmente] de unidades produtivas, após as interrupções da produção ocorridas em várias unidades produtivas, por efeito da pandemia”, afirmou Macedo.

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