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Desarticulado comércio de muffins e licor feitos com droga

24 de outubro de 2020

Nesta sexta-feira (23), a Polícia Civil prendeu um homem que comercializava muffins e licor produzidos com extrato de maconha, na região metropolitana da Capital. A ação foi realizada por agentes da 1ª Delegacia de Sapucaia do Sul, coordenados pelo delegado Gabriel Borges.

A investigação estava há um mês apurando a informação de que um casal está vendendo muffins recheados com maconha e um licor com gin e líquido extraído da pasta da droga.

Os dois são universitários residentes em área nobre da cidade de São Leopoldo e o homem, estudante de nutrição, era responsável pela produção do material. A mulher efetuava a divulgação por meio de mídias sociais.

Após a encomenda por parte dos clientes, o casal efetuava a distribuição nos finais de semana. Os locais da tele-entrega eram as cidades de São Leopoldo, Porto Alegre, Sapucaia do Sul, Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha.

Ressalta-se que a maconha utilizada no processo possui alta quantidade de pureza, uma vez que passa por processos de purificação (limpeza), secagem e descarboxilação, desclarificação, transferência de THC, para posteriormente ser transformada em manteiga base para os muffins. Cada muffin possui 3 gramas de maconha e cada frasco do licor, 5 gramas.

Foi possível constatar por meio das investigações que o casal está, há pelo menos, três meses efetuando a prática criminosa. As vendas são estimadas em 50 a 100 muffins por final de semana, vendidos a R$ 18 a unidade. O licor é vendido a R$ 23 o frasco, sendo comercializado recentemente.

Nas buscas no imóvel do casal, local em que eram produzidos os muffins, foram localizados todos os insumos utilizados na produção, aproximadamente 50 muffins prontos para venda, um litro de licor, balanças de precisão, 2.500 em dinheiro das vendas, maconha em espécie para a produção, centenas de embalagens e cadernos contendo a contabilidade e os dados dos clientes.

O homem foi preso em flagrante, pois além de toda a materialidade estava efetuando uma venda no momento da atuação policial. A mulher até o momento não foi localizada.

A organização do esquema era tamanha que havia até QR code em cada embalagem informando as instruções para uso e consumo do material, além de cartões ressaltando a marca e a qualidade do produto.

O delegado Gabriel Borges destacou a forma inusitada em que se deu a configuração do crime. “Ainda assim [a configuração] não retira o caráter de tráfico ilícito de entorpecentes. A motivação para a prática desse crime é justamente a procura por parte de pessoas de classe média que contribuem para a movimentação criminosa”, disse o delegado.

O diretor da 2ª DPRM (Segunda Delegacia de Polícia Regional Metropolitana), delegado de Polícia Regional Mario Souza reiterou que o caso impressiona pelo fator criativo. “É impressionante a criatividade utilizada pelo casal para confecção das substâncias entorpecentes. Seguimos nas investigações com o objetivo de apurar a participação de outras pessoas no crime, principalmente os fornecedores da droga considerada de alto grau de pureza”, concluiu.

Fonte: O Sul

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