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Presidenciáveis evitaram, com algumas exceções, ataques diretos e trazer temas polêmicos à tona

10 de agosto de 2018

Em um primeiro debate morno, promovido pela Bandeirantes, os candidatos à Presidência evitaram, com algumas exceções, ataques diretos e trazer temas polêmicos à tona na noite de quinta-feira (09).

Presidenciáveis como Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT) não foram confrontados com seus pontos fracos, como o escândalo da Dersa, no caso do ex-governador de São Paulo, ou o temperamento explosivo do ex-governador do Ceará. A questão, diz ele, é que a regra do mínimo está prevista em lei e deve ser cumprida.

Caberá ao próximo presidente revisar ou manter essa regra na proposta em 2020, a ser enviada em abril para o Legislativo. Há economistas que avaliam que ela precisa ser revista, justamente em razão de seus impactos sobre as contas do governo.

Mas é complicado dizer à sociedade que é preciso rever uma regra que favorece mais de 22 milhões de pessoas apenas na Previdência e, ao mesmo tempo, justificar aumentos dados à elite do funcionalismo, diz Klein.

Para ele, o primeiro ano fiscal do próximo governo não será nada fácil. Restrições fiscais severas e temas politicamente sensíveis irão dominar a agenda do próximo presidente – e os conflitos salariais estarão no centro da polêmica política-orçamentária.

A ausência de Lula, preso em Curitiba por corrupção e lavagem de dinheiro, contribuiu para um embate menos caloroso. Nesse cenário, Guilherme Boulos, do PSOL, tentou assumir o papel de porta-voz da esquerda e se apresentou como “do partido de Marielle Franco”, vereadora assassinada no Rio de Janeiro em março.

Foi ele, inclusive, que protagonizou um dos únicos confrontos em que o tom das acusações se elevou. Boulos questionou Jair Bolsonaro (PSL) sobre a funcionária de seu gabinete Walderice Santos da Conceição, que, segundo mostrou a Folha, trabalha em um comércio de açaí em Angra dos Reis, onde o deputado federal tem uma casa.

Ao ser questionado por Boulos se ele não tinha vergonha de manter uma “funcionária fantasma” e de ter auxílio moradia da Câmara mesmo tendo imóvel em Brasília, Bolsonaro respondeu que teria vergonha se “tivesse invadindo as casas dos outros”, numa provocação ao líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto). “E não vim pra cá bater boca com um cidadão desqualificado como esse aí”, completou Bolsonaro, encerrando sua fala antes do tempo.

Além de Boulos, o Cabo Daciolo (Patriota) também destoou do clima mais ameno, atirando sobre praticamente todos os opositores. Dos 13 candidatos à Presidência definidos nas convenções, apenas oito participaram do debate: além de Bolsonaro, Alckmin, Ciro, Boulos e Daciolo, foram convidados Marina Silva (Rede), Álvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB).

Todos se enquadram na determinação da lei eleitoral de que devem ser convidados candidatos de partidos ou coligações que tenham pelo menos cinco congressistas. O outro seria Lula. O PT chegou a pedir à Justiça que ele fosse autorizado a participar via videoconferência. Com o pedido negado, o partido resolveu fazer um debate paralelo, com o vice e potencial titular da chapa, Fernando Haddad.

Sem Lula

Vice na chapa do PT à Presidência da República, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad se uniu a aliados para comentar, em transmissão na internet, o debate de presidenciáveis da TV Bandeirantes.

O evento paralelo foi organizado para protestar contra a exclusão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso em Curitiba, do embate televisivo. Com Haddad, estavam a futura vice da chapa, deputada estadual Manuela D’Ávila (PC do B-RS), a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), e o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli, coordenador da campanha.

No início da reunião, que foi exibida na página oficial de Lula, um áudio com declarações do ex-presidente falhou dentro do estúdio onde estavam os políticos – a caixa de som queimou, segundo a organização. Em seguida, o ex-prefeito leu uma carta em que o ex-presidente protestava contra o veto à sua participação no debate.

Fonte: O Sul

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