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Psoríase: muito além da pele

29 de outubro de 2018

A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele e articulações, de base genética, que afeta cerca de 125 milhões de pessoas no mundo, de causas ainda desconhecidas e de difícil tratamento. De acordo com a presidente da Psoríase Brasil, Gladis Lima, é importante destacar que a doença não é contagiosa, não tem cura, mas tem tratamento. Ela lembra que o dermatologista é o único profissional capacitado para diagnosticar e indicar o tratamento adequado. A instituição atua no esclarecimento da população sobre a doença e na busca de desenvolvimento de políticas públicas voltadas a esse contingente, que pode chegar a 5 milhões de pessoas em todo o país.

De acordo com a dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e preceptora da Residência de Dermatologia pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Lia Pinheiro Dantas, a doença geralmente afeta cotovelos, joelhos e couro cabeludo, mas também pode aparecer em qualquer parte do corpo. Ela alerta que pode ser leve, moderada ou grave. Quando é leve, ela destaca que soluções tópicas (em geral cremes) ajudam no controle da doença. No entanto, nos casos graves, o tratamento deve ser sistêmico.

Lia comemora os avanços na área pública nesse sentido e na busca de maior qualidade de vida dos pacientes. Entre eles está a fototerapia, além das medidas de inclusão de medicamentos biológicos no atendimento pelo SUS. Observa ainda que pessoas com psoríase têm maior risco de desenvolver artrite psoriásica, doenças cardiovasculares, doenças inflamatórias intestinais, diabetes, obesidade, além de outras patologias. Lia explica que a pessoa recebe o gene da doença e pode desenvolvê-la ou não. Além disso, questões emocionais afetam o quadro clínico.

“A definição da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS) saiu neste mês e foi um trabalho árduo junto ao Ministério da Saúde, uma vez que são medicamentos de última geração e pelo alto custo havia uma certa resistência do poder público de incluí-los no protocolo de tratamento da doença”, observa Gladis Lima, ao mesmo tempo, em que também festeja as mudanças. O Dia Mundial da Psoríase, registrado em 29 de outubro, foi determinado, em 2014, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O mote da campanha, neste ano, traz o lema “Muito além do que se vê”.

Sinais e fatores

-Além das lesões na pele (róseas ou avermelhadas), recobertas por escamas esbranquiçadas, que afetam especialmente cotovelos, joelhos, couro cabeludo, unhas, palmas das mãos e plantas dos pés, podem surgir coceira, queimação e dor. Há ainda a artrite psoriásica (alteração reumatológica, que traz dificuldades nos movimentos e modifica a forma de mãos e dedos);
-Pode haver alterações na unha, manchas e mudança no formato;

-Sintomas podem se confundir com os de alergia;

-Pacientes com essa patologia apresentam maior predisposição de depressão, têm dificuldades no convívio social, autoestima baixa, doenças cardiovasculares e obesidade;

-Alguns fatores podem aumentar as chances de uma pessoa desenvolver a psoríase ou piorar um quadro existente: histórico familiar (genética), estresse, obesidade, tabagismo e bebida alcoólica.

Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia

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