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Após a clonagem de celulares de ministros, a Polícia Federal realizou uma operação para combater golpes pelo WhatsApp

17 de julho de 2018

A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta terça-feira (17) uma operação para desarticular uma quadrilha que clonava números de telefone para aplicar golpes por meio do aplicativo WhatsApp. A ação é um desdobramento de um pedido de investigação feito por ministros do governo de Michel Temer que tiveram os seus telefones celulares clonados.

Em março deste ano, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Carlos Marun (Secretaria de Governo) e o ex-ministro Osmar Terra (Desenvolvimento Social), todos do MDB, tiveram os telefones clonados e solicitaram uma apuração sobre o caso. Segundo os relatos dos ministros, mensagens foram enviadas aos contatos deles por meio do WhatsApp com pedidos de depósitos bancários.

Na operação desta terça-feira, batizada de Swindle, que significa “fraude” em inglês, policiais cumpriram cinco mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva no Maranhão e em Mato Grosso do Sul. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal em Brasília.

De acordo com os investigadores, com os números clonados, os criminosos usavam contas de WhatsApp de autoridades públicas e solicitavam transferências bancárias das pessoas da lista de contatos do telefone alvo da fraude. A polícia investiga os crimes de invasão de dispositivo informático, estelionato e associação criminosa.

Notícias falsas

Se redes como o Facebook têm sido fortemente cobradas, inclusive por órgãos de governo, a reforçar os mecanismos de identificação de postagens falsas, o mesmo não ocorre com o WhatsApp, que segue um território livre para os sensacionalistas que buscam, no mínimo, a admiração de seus amigos ou familiares, ainda que isso ocorra à custa da disseminação de informações falsas. Ao contrário do Facebook, o WhatsApp ainda conta com o anonimato que oferece menor risco a quem divulga notícias que se provam falsas.

O Reuters Institute Digital News Report 2018, relatório anual elaborado pelo Reuters Institute For The Study of Journalism, em parceria com a Universidade de Oxford, traz dados preocupantes sobre o comportamento dos brasileiros no ambiente digital, no que concerne à informação.

Durante todo o mês de janeiro e o início de fevereiro deste ano, o Reuters Institute For The Study of Journalism realizou uma pesquisa on-line com 74.000 pessoas em 37 países, incluindo o Brasil, sobre seus meios preferidos para leitura de notícias, a confiança que depositam nos ditos veículos tradicionais de informação, o apoio que dão a ações governamentais para combate às chamadas fake news, além de outras questões relevantes para a compreensão da importância da atividade jornalística hoje.

Mais da metade dos brasileiros que têm acesso à internet (52%) prefere o Facebook para se informar sobre fatos relevantes da vida nacional e do mundo. O número ainda é bastante expressivo, mas o resultado de 2018 representa uma queda de 5% em relação ao ano passado. Quando comparados os resultados das pesquisas feitas entre 2014 e 2018, é possível observar que as redes sociais estão em queda como meio preferencial de consumo de notícias.

Tanto o Facebook como o Twitter experimentaram um período de crescimento entre 2014 e 2016; a partir de então, deu-se um declínio até o atual platô de estagnação. Do total de consultados pelo Reuters Institute For The Study of Journalism este ano, 36% disseram usar o Facebook para se informar, enquanto apenas 11% preferem o Twitter.

O contrário é observado em relação ao WhatsApp, que, em média, registrou crescimento de 15% entre 2014 e 2018 nos 37 países onde a pesquisa foi realizada. No Brasil, cerca de 48% dos entrevistados em 2018 disseram usar o WhatsApp para se informar, um crescimento de 2% em relação ao ano passado.

Fonte: O Sul

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