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Aspartame será declarado produto possivelmente cancerígeno pela Organização Mundial da Saúde

3 de julho de 2023

O aspartame, um adoçante não calórico comum em refrigerantes light e alimentos doces, pode ser declarado “possivelmente cancerígeno para humanos” pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A entidade vai emitir em julho novas recomendações sobre o consumo desse produto.

Serão publicados dois documentos. Um deles é do Centro Internacional de Pesquisas sobre Câncer (IARC) e o outro é do Comitê de Especialistas em Aditivos Alimentares, que é comandado pela OMS juntamente da FAO, braço das Nações Unidas para assuntos de Alimentação e Agricultura. Nesse último, se revisarão as recomendações com base nos pareceres do IARC.

As classificações do IARC tem diferentes gradações, entre elas o cancerígeno (Grupo 1). o possivelmente cancerígeno (Grupo 2A), o provavelmente cancerígeno (Grupo 2B), entre outros.

Desde 1981, os especialistas da OMS e da FAO vinham sinalizando que o consumo era seguro “dentro de determinados limites”. O aspartame é largamente usado desde essa década de 1980 em produtos – um dos mais famosos é a Coca

Os dois documentos são confidenciais até 14 de julho, quando devem ser divulgados no site da OMS e na revista The Lancet Oncology.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informa que o aspartame é um aditivo alimentar com as funções de edulcorante (“substância diferente dos açúcares que confere sabor doce ao alimento”) e de realçador de sabor (“substância que ressalta ou realça o sabor/aroma de um alimento”).

Segundo a agência, a substância “vem sendo objeto de extensa investigação”, mas “existe um consenso entre diversos comitês internacionais considerando o aspartame seguro, quando consumido dentro da ingestão diária aceitável”. “Até o momento, não houve uma conclusão sobre a possível alteração do perfil de segurança para o consumo do aspartame, de modo que a Anvisa seguirá acompanhando atentamente os avanços da ciência a respeito do tema”, informa o órgão.

A Anvisa afirmou também que “alternativas para melhorar as regras para a declaração dos edulcorantes e de outros aditivos alimentares na lista de ingredientes, bem como os requisitos de legibilidade que irão permitir que o consumidor identifique com mais facilidade a presença destes constituintes nos alimentos” já estão em discussão.

Em nota, a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad) afirmou que “corrobora a segurança para consumo do aspartame, um dos ingredientes mais pesquisados da história, com mais de 90 agências de segurança alimentar que comprovam seu uso seguro”. Ainda de acordo com a entidade, no momento o Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares (JECFA-FAO-OMS) está finalizando uma ampla revisão sobre o tema. Por isso, “é essencial aguardar a publicação dos relatórios finais”.

Fonte: O Sul

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