O número de produtores rurais com 65 anos ou mais atuando no campo no Rio Grande do Sul aumentou de 17,5% em 2006 para 23,1% no ano passado, segundo dados do Censo Agropecuário 2017, divulgados nesta quinta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A maior faixa etária entre os trabalhadores segue entre os 25 e 65 anos, como no último levantamento: 72,7%, em um leve declive da última pesquisa, 80,6%. O percentual dos produtores com menos de 25 anos é de 1,2%, menos do que o registrado em 2006, 1,9%.
“Temos identificado um problema na questão da sucessão rural. Quem serão os produtores do futuro? Os jovens estão deixando o campo. Por outro lado, percebemos um crescimento no número de terras arrendadas por produtores mais novos, que antes pertenciam a produtores com mais de 65 anos. Muitos desses jovens agricultores têm propriedades em mais de um município, arrendadas de pessoas que não tem mais idade para trabalhar. Há uma tendência de aumento deste fenômeno nos próximos anos”, explica Luis Eduardo Puchalski, coordenador operacional do Censo Agropecuário no estado gaúcho.
O homem ainda prevalece no trabalho do campo, embora o número de mulheres tenha crescido modestamente: 12,1% frente a 9,3% em 2006. Do total de produtores rurais recenseados em 2017, 87,9% são homens. Em 2006 eram 90,7%.