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Empresário que comprou sítio de Atibaia rompe sociedade com filho de Lula

6 de fevereiro de 2020

Depois de 13 anos, o principal sócio de Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, desistiu de integrar uma controversa parceria com a companhia telefônica Oi. O empresário Jonas Suassuna, um dos donos do sítio de Atibaia (SP) que era frequentado pelo ex-presidente, vendeu por R$ 1 milhão sua fatia na firma BR4 Participações, uma das administradoras da Gamecorp, parcialmente financiada pela tele. A Gamecorp é responsável pelo canal PlayTV, de música e jogos.

A saída de Suassuna ocorre em meio a investigações da Lava-Jato, embora a articulação pela sua retirada tenha começado antes da deflagração da 69ª fase da operação, em dezembro, na qual ele e o filho do petista foram alvos de buscas.

A negociação foi publicada pela revista Veja no fim de 2019 e teve detalhes informados à Junta Comercial de São Paulo no dia 7 de janeiro. Quem ficou com a parcela de Suassuna na sociedade foi a G4 Entretenimento, firma que pertence a Fábio Luís e aos irmãos Kalil e Fernando Bittar. Fernando é o outro proprietário do imóvel em Atibaia.

O documento não informa a maneira de pagamento da quantia de R$ 1 milhão acordada pela venda. Mesmo com a investigação em andamento na Lava-Jato, não há ordem de bloqueio de bens contra essas firmas.

O advogado de Suassuna, Ary Bergher, diz que é uma decisão de negócios, de caráter pessoal e sem relação com as investigações da Lava-Jato. A parceria do empresário com o filho do ex-presidente foi abalada nos últimos anos pelos efeitos da operação, segundo informações divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo.

Os dois sócios foram alvos em 2016 da 24ª fase, na qual Lula foi levado para depor coercitivamente. O ex-presidente se tornou réu e foi condenado em 2019 por ter se beneficiado de reformas bancadas por empreiteiras no sítio no interior de São Paulo. Suassuna não foi incluído no processo porque as obras não ocorreram na área do sítio que pertence a ele.

Paralelamente, a equipe da Lava-Jato continuou investigando a origem dos recursos usados pelos sócios do filho de Lula para comprar a propriedade. Ao deflagrar a fase em dezembro, a força-tarefa da operação mencionou suspeitas de que recursos repassados pela Oi para as empresas de Suassuna, chamadas de grupo Gol (sem relação com a companhia aérea de mesmo nome), e para a firma de Fábio Luís, na verdade, seriam propina da companhia de telefonia.

Fonte: O Sul

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