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O que fazer antes de começar uma reforma?

20 de julho de 2018

Quando se fala em reforma, as lembranças de casos malsucedidos logo pincelam a mente de quem deseja ou precisa mudar algo em casa. O sucesso dessas obras, entretanto, pode ser resumido em uma única palavra: planejamento.

Com a ajuda de profissionais da área, separamos dicas, que vão da avaliação das motivações da reforma até a preservação dos elementos estruturais e a segurança do imóvel, para que o sonho da “casa nova” não vire uma frustração!

1. O que e por quê?

Detectar o que quer mudar e por qual motivo é crucial, já que uma reforma pode virar um pesadelo se não for bem planejada. É importante lembrar também que alterações grandes interferem na rotina em função do quebra-quebra e da presença de empreiteiros e funcionários. Por isso, quando possível, avalie se a solução não poder ser mais simples: “Uma consultoria com ideias de alterações de mobiliários, otimização do espaço ou readaptação dele, sem interferência de obra civil, pode ser uma boa saída. Alguns casos envolvem apenas decoração, como uma capa de sofá, troca de almofadas e tapetes, uma nova pintura ou a aplicação de um papel de parede”, recomenda Cristina Grossi.

2. Viabilidade

Com a planta estrutural – em posse da empresa administradora ou construtora –, deve-se descartar a presença de vigas estruturais. “Existe também um scanner que identifica armaduras metálicas. Ou pode-se fazer cortes horizontais para descobrir se é alvenaria ou concreto”, ensina a arquiteta Cris Paola, salientando a necessidade de um profissional. A presença de rachaduras e fatores hidráulicos e elétricos também deve ser considerada. “Às vezes, a carga dos eletros não está de acordo com a energia do quadro de força. Na hidráulica, um novo banheiro, por exemplo, pode exceder a quantidade de pontos de hidráulica ou esgoto sanitário”, exemplifica.

3. Regras condominiais e outros cuidados

Para reformas em prédios ou condomínios de casas, é necessário saber as regras condominiais, como horários de trabalho, que, nestes casos, irão reduzir as jornadas laborais. “Deve-se também considerar a limpeza diária, caso haja pessoas ocupando o imóvel, e a proteção do que é existente”, orienta o arquiteto Thiago Papadopoli. Em locais pequenos, quando mobílias e móveis forem aproveitados, é recomendável alugar um local para o armazenamento, a fim de garantir agilidade na obra e evitar que eles sejam danificados durante a reforma. Em apartamentos novos e de primeira locação, vale verificar todas as estruturas e instalações para que possíveis problemas sejam solucionados antes, já que alguns serviços de reforma resultam em perda de garantia do imóvel. Em boa parte dos casos, a reforma exige a contratação de um arquiteto ou engenheiro civil responsável e o projeto com a emissão da ART ou RRT (Anotação de Responsabilidade Técnica ou Registro de Responsabilidade Técnica).

4. Cálculo de orçamento

A soma inicial inclui arquiteto, mão de obra dos fornecedores, instalações e materiais. “Se o gerenciamento da obra for feito por um profissional da área, a margem de erro não passará de 15%”, garante Cris Paola. Nesse contexto, o cronograma físico-financeiro é primordial e nele devem constar as obrigações do profissional e do cliente, com datas para execuções de serviços, custos semanais deles, datas de compras e entregas, além de todo o material para a obra civil, que deve ser adquirido antes. “Não adianta o cliente comprar portas pela internet que vão levar 30 dias para chegar se isso implicará atraso na obra. É economia de um lado e perda de outro”, pontua Cristina Grossi.

5. Controle de qualidade

Com a variedade de materiais, mesmo que as escolhas tenham sido planejadas, podem sofrer alterações na compra e isso interfere no projeto. Por isso, é ideal ver os produtos antes de comprá-los e nunca pensar isoladamente: “Colete amostras e coloque-as em conjunto”, indica Papadopoli. É importante que os revestimentos, mobiliários e objetos formem uma composição e sejam proporcionais ao ambiente. O estudo das etapas da execução, estipulando prazos, é essencial. “Não crie cronogramas milagrosos, pois isso pode induzir o profissional ao erro e gerar expectativas errôneas”, alerta Cristina Grossi. Lembre-se, ainda, de reservar uma verba adicional para cobrir imprevistos.

Fonte: Casa e Construção

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