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Saiba quando vale a pena entrar em consórcio para fazer compra

28 de maio de 2019

O segmento de consórcios registrou aumento de 24,6% nos negócios no primeiro trimestre em comparação ao mesmo período do ano passado. O desempenho foi impulsionado pela alta de 13,3% nas vendas de novas contas. Foram 653,5 mil adesões. Com isso, o total acumulado de janeiro a março atingiu R$ 27,6 bilhões, segundo a Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios). Saiba quando vale a pena entrar em um consórcio.

“Basicamente, nesse sistema é possível comprar qualquer bem de consumo durável, como imóvel, veículo, jet sky e avião. Além de serviços, seja viagens, consultorias, intercâmbio, cirurgia plástica ou até partos”, exemplificou o presidente da Abac, Paulo Ivan Rabello.

Para adquirir um consórcio, o interessado deve procurar uma administradora, que pode ser um banco ou uma montadora por exemplo, e ver as opções disponíveis. As regras variam mas, em geral, é necessário ter mais de 18 anos, renda de três a quatro vezes superior ao valor da parcela, e o pagamento pode ser por débito em conta ou boleto. Deve-se escolher a modalidade e a duração do contrato. Existem opções com mensalidades a partir de R$ 100 e com duração de até 240 meses, no caso de imóveis.

Paulo explica que o cliente pode ser contemplado por sorteio ou pode antecipar o recebimento do bem, através de lances. Se for sorteado no início, é necessário continuar pagando as parcelas até o fim do período. Em caso de desistência, o contratante deverá esperar ser sorteado entre os demais na mesma situação para receber o dinheiro de volta. Em alguns casos, há risco de receber o dinheiro de volta só no final do contrato.

As contemplações acumuladas no primeiro trimestre atingiram 303 mil, ligeiramente acima das 301,7 mil anteriores, entre janeiro e março de 2018, o que indica estabilidade. Após a contemplação, não é necessário usar a carta de crédito imediatamente. O valor fica guardado no fundo do consórcio que tem, em geral, rendimento variável de 60 a 100% do CDI.

De acordo com o economista da Celso Lisboa André Brown, a ideia do consórcio é de condomínio: todas as pessoas contribuem para a aquisição dos bens e, com isso, há redução nas despesas financeiras.

“O custo com juros é zero. O que há é a taxa de manutenção. Em contrapartida, num crédito direto ao consumidor, você toma posse do bem de imediato. Mas, em geral, o consórcio é mais barato que um financiamento, por exemplo”, avaliou Brown.

O consultor financeiro Edward Cláudio Jr. acredita que esse modelo é ideal para as pessoas que não têm hábito de poupar, porque passam a ter a obrigação de pagar o valor da parcela para, no futuro, ser sorteado.

“Nós brasileiros não somos educados financeiramente. As pessoas acabam gastando a reserva com desejos imediatos e nunca conseguem guardar para algo maior. Nesses casos, é melhor optar pelo consórcio mesmo”, opinou.

A taxa de administração de alguns consórcios chega a 10% sobre o valor total contratado, mas a tarifa ainda é mais vantajosa que a da maioria dos financiamentos. Entretanto, se a pessoa tem controle financeiro e consegue guardar dinheiro, é mais vantajoso aplicar em outros investimentos para, depois, fazer a compra à vista.

Como funciona o consórcio?

Interessado deve procurar uma administradora e escolher a opção com menor taxa de administração, com mais pessoas no grupo.

É necessário preencher os pré-requisitos estabelecidos pelo grupo, como idade e renda mensal.

Em um consórcio de carro, por exemplo, entre os veículos elegíveis, o de maior valor pode custar, no máximo, o dobro do de menor valor. No consórcio de serviços, é possível trocar, ao longo do período de pagamentos, o item desejado.

Após ter contratado o serviço, o interessado deve pagar as parcelas mensalmente e esperar ser sorteado. Mesmo se for contemplado, é preciso continuar o pagamento.

Se tiver pressa, pode dar lances para receber o bem antes (adiantar parcelas). Quem der o maior lance percentual em proporção ao valor total, ganha a antecipação da carta de crédito e deve pagar o prometido.

Em caso de problemas financeiros, é possível pausar a contribuição e retornar depois. Entretanto, as parcelas mensais serão recalculadas para cobrir a lacuna sem pagamento.

Em caso de desistência, o cliente fica com o dinheiro “preso” no consórcio até ser sorteado para receber o que havia pago. Em alguns casos, o ressarcimento só acontece ao final do período total.

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