Uma sonda da Nasa flagrou robôs chineses no lado afastado da Lua - NoroesteOnline.comNoroesteOnline.com ">

Uma sonda da Nasa flagrou robôs chineses no lado afastado da Lua

20 de fevereiro de 2019

Na Lua desde o início do ano, a sonda chinesa Chang’e 4 e o pequeno veículo robótico Yutu-2 foram flagrados na superfície do satélite desde sua órbita por uma sonda da Nasa (agência espacial norte-americana). A uma altitude de cerca de 82 quilômetros, o Orbitador de Reconhecimento Lunar (LRO, na sigla em inglês) da agência espacial americana usou uma câmera de alta resolução para capturar uma foto dos equipamentos chineses no lado afastado da Lua no último dia 1º.

Desta distância, a câmera do LRO produz imagens com uma resolução de 0,85 metro por pixel. Na foto, o Yutu-2 aparece como um pequeno ponto escuro a cerca de 29 metros a Noroeste do módulo de pouso da Chang’e 4, mais claro e com uma sombra projetada na superfície.

Enquanto isso, a União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês), “guardiã” dos nomes e classificações oficiais de objetos celestes e suas estruturas, anunciou nesta sexta-feira (14) o “batismo” de cinco sítios marcantes da missão chinesa ao lado afastado da Lua. O local do pouso da Chang’e 4, por exemplo, agora é conhecido como Statio Tianhe (“porto Tianhe”, numa tradução livre), referência a um antigo nome em chinês para a Via Láctea, Tianhe, o rio celeste que separava o casal Niu Lang e Zhi Nu na história folclórica “O vaqueiro e a tecelã”.

Seguindo a mesma linha, as três crateras que formam um “triângulo” em torno do local de pouso da Chang’e 4 foram nomeadas Zhinyu, Hegu e Tianjin, três outros personagens do conto folclórico chinês. Já o quinto local batizado é a montanha central da cratera Von Kármán, a “superestrutura” lunar onde a sonda chinesa pousou, 46 quilômetros a Noroeste de onde ela está. A montanha recebeu a designação de Mons Tai, referência a monte de mesmo nome localizado na região de Shandong na China.

Exploração

Após o pouso realizado com sucesso, a agência espacial chinesa anunciou que o veículo espacial chamado de Yutu-2, que explora o “lado oculto” da Lua, separou-se — também com sucesso — da sonda Chang’e 4 e começou seu trabalho na superfície lunar 12 horas após a chegada.

Ecoando o primeiro homem a pisar na Lua em 1969, o americano Neil Armstrong, o chefe do projeto, Wu Weiren, saudou a separação do veículo lunar. “É um pequeno passo para o veículo, mas um enorme salto para a nação Chinesa”, disse ele no anúncio da separação do Yutu-2.

Como o primeiro veículo a pousar no “outro lado da Lua” — região lunar que não é possível ver da Terra — o Yutu-2, nomeado em homenagem à deusa chinesa da Lua, pousou na mais profunda e antiga cratera lunar, conhecida como Aitken, próximo ao polo Sul do satélite.

Com a ajuda de testes de solo e temperatura, a agência espacial chinesa espera encontrar novas pistas que indiquem o processo de formação da Lua, além da presença de água no solo lunar. Para isso, explora a cratera mais antiga do corpo celeste, em uma área que só era conhecida por meio de imagens até então.

O chamado “lado oculto da Lua”, no entanto, não é mais escuro que o lado visível por um observador da Terra, uma vez que os raios de Sol incidem da mesma forma em ambas as faces. Uma vez que o satélite gira exatamente no mesmo ritmo que a Terra, um dos lados da Lua, no entanto, fica permanentemente fora do campo de visão.

O “lado oculto” tem diferenças da face que é possível observar da Terra: com as primeiras imagens feitas em 1959 pela sonda soviética Luna 3, foi possível perceber que a parte desconhecida abrigava mais crateras e parecia desprovida das regiões tomadas por lava solidificada.

Fonte: O Sul

EAD Unijuí 2023 | Conectando Futuros

2 de março de 2023
Copyrights 2018 ® - Todos os direitos reservados