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Bolsonaro entrega texto da Reforma da Previdência ao presidente da Câmara

20 de fevereiro de 2019

Em um ato simbólico, o presidente Jair Bolsonaro levou o texto da reforma da Previdência à Câmara dos Deputados do Brasil na manhã desta quarta-feira. Ao chegar no Palácio Nereu Ramos pela Chapelaria, por volta das 9h27min, ele se dirigiu imediatamente para a sala da presidência da Câmara acompanhado do ministro da Economia, Paulo Guedes, e dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também esteve presente. No gabinete, entregou o documento a Maia em mãos. Cerca de 25 minutos depois de chegar, o chefe de Estado saiu do prédio sem falar com a imprensa.

Uma cópia do documento será distribuída para jornalistas e um grupo técnico do Ministério da Economia vai detalhar as propostas. Vão participar da explanação o secretário especial adjunto de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, o secretário de Previdência, Leonardo Rolim e o secretário-adjunto de Previdência, Narlon Gutierre. Também estarão presentes o Procurador-Geral Adjunto de Gestão da Dívida Ativa da União e do FGTS, Cristiano Neuenschwander, e o diretor de Programa da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, Felipe Portela. O auditório onde ocorrerá a entrevista coletiva já está montado com o slogan da campanha pela aprovação: “Nova Previdência é para todos. É melhor para o Brasil.”

O mote evita a palavra “reforma” porque a ideia é reforçar que as medidas atingem a todas as categorias, que precisarão dar sua “cota de sacrifício” para a sustentabilidade das contas públicas. No período da tarde, Onyx Lorenzoni e Paulo Guedes se reúnem com governadores para buscar apoio às medidas, que foram analisadas pelo presidente até ontem à noite, e para discutir questões das dívidas dos estados.

O texto deve começar a ser votado nesta quinta-feira. No começo do mês, Maia disse que “no curto prazo” não há 308 votos necessários para a aprovação da principal aposta do governo para colocar em equilíbrio as contas públicas. Visto pela equipe econômica como um aliado na votação de medidas importantes, Maia expôs divergências com o principal articulador político do Palácio do Planalto, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que também é do DEM.

Texto é considerado urgente para o presidente

Aventais laranjas

Vestindo aventais laranjas, parte da oposição repudiou a Reforma. “Ele prometeu na campanha combater a corrupção e agora eles estão enrolados na corrupção. Esse governo não tem crédito. Entregar a reforma aqui hoje é mentir para o povo, porque o senhor Bolsonaro, em nenhum momento da campanha, falou em Reforma da Previdência. Antes, ele falou contra ela. Estamos pedindo aqui coerência, tem gravações. Ou seja, Bolsonaro mente”, afirmou Ivan Valente, líder do PSol (SP) na Câmara.

Fonte: Correio do Povo

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