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“Ferrugem” mostra as consequências do bullying na internet

22 de agosto de 2018

Com passagem pelo Festival de Sundance, “Ferrugem”, de Aly Muritiba, fez sua estreia em solo brasileiro na noite dessa terça-feira, no 46º Festival de Cinema de Gramado. O filme trata de um assunto que ronda os adolescentes: o bullying nas redes sociais. Tudo isso provocado através de um vídeo íntimo de Tati (Tiffany Dopke) vazado em grupos de WhatsApp e isso provoca uma enorme humilhação na reputação da jovem. Na tentativa de descobrir quem foi o responsável por espalhar o vídeo, a escola passa por uma investigação e Renet (Giovanni de Lorenzi), possível caso amoroso da adolescente, tenta fugir dos seus sentimentos e da situação.

Este tipo de história tem sido recorrente em muitos pontos do mundo e provocado diversas consequências em cada episódio. “Ferrugem” tenta dialogar com a temática relatando as duas versões da história: a vítima e o responsável. Felizmente, o longa foge de querer ser didático e inocente na primeira parte, onde acompanhamos o sofrimento da jovem que busca uma saída desta situação constrangedora. Porém, no auge do arco dramático, o filme mergulha no drama de Renet e o ritmo emperra nesta segunda parte.

O foco em cima deste personagem persiste tempo demais e chega a desgastar a inconsequência do ato do menino. Apesar de ser necessário retratar o que se passa o lado de Renet, a empatia com ele acaba perdendo-se no desenrolar do drama.

A direção de Aly Muritiba soube trabalhar perfeitamente com os atores adolescentes. É inspirador ver como ele também empodera as personagens femininas em apresentá-las com atitude em cima das diversas situações que elas enfrentam. Como, por exemplo, Tati tendo iniciativa do beijo em Renet e Raquel (Clarissa Kiste), mãe do rapaz, que o empurra para encarar as consequências do seu ato. Ao contrário dos papéis masculinos. Renet e o pai do adolescentes insistem no silêncio e na fuga da investigação do caso.

“Ferrugem” tem uma história importante para ser debatida entre pais e adolescentes. O filme consegue representar os sentimentos de humilhação e culpa em cima dos protagonistas e transmitir isso para o público com um arco dramático necessário para que não haja mais fatalidades virtuais. O longa estreia no dia 30 de agosto nos cinemas brasileiros.

Fonte: Correio do Povo

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