Jogar somente o Gauchão já não está mais dando certo para os times do interior. Manter o futebol somente três meses no ano e o restante do tempo fechar as portas do clube vem decretando rebaixamentos e até fechamento de clubes de futebol Rio Grande a fora.
Prova disse é que o Veranópolis, que foi criado em 1992 e que após subir para a elite se manteve por 26 temporadas consecutivas, caiu no último domingo e agora tem seu futuro incerto. O clube aposta todas suas fichas no Gauchão para se manter vivo, com dinheiro de cotas de televisão, da Federação Gaúcha de Futebol e patrocinadores o VEC montava time somente para o Gauchão e ao longo do tempo até teve bons resultados, sendo campeão do interior em 2007, na sua melhor campanha.
No entanto, esse ano a fórmula do Veranópolis deu errado e o time caiu. Agora, o futuro passa a ser incerto, já que sem cotas de TV, FGF e grandes patrocinadores a direção do VEC terá que se reinventar e contar muito com a comunidade, que é pequena, são apenas 25 mil habitantes na cidade. De acordo com a direção do clube, as receitas desandaram neste ano e tudo acabou piorando agora, com a queda.
Conforme o presidente do VEC, Gilberto Generosi, o Veranópolis precisa se reinventar para continuar. “Se formos continuar, vamos ressurgir de forma diferente”, avaliou o presidente.
Outros clubes já passaram pelo mesmo problema do Veranópolis. O XV de Novembro, que chegou a ser vice-campeão estadual e na sua melhor campanha, foi às semifinais da Copa do Brasil, fechou as portas do futebol profissional após ser rebaixado. Campo Bom nunca mais reviveu os ares do futebol profissional, assim como Canoas, que teve a Ulbra como uma potência do futebol estadual, depois mudou o nome para Canoas, foi rebaixada e fechou as portas. O Sapucaiense e a SER Santo Ângelo são outros exemplos. Ambos já disputaram a elite do estadual, mas sofreram muito com o rebaixamento, tanto que ambas chegaram a ficar temporadas com as portas fechadas e hoje disputam a Série C do Estadual.