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Leite não conhece a história do RS, diz presidente da Associação dos Oficiais da BM

10 de outubro de 2019

O governador Eduardo Leite (PSDB) enfrenta oposição dura às medidas que pretende implementar nas carreiras e na previdência dos servidores estaduais na reunião que mantém na manhã desta quinta-feira com entidades representativas da Brigada Militar. Participam do encontro no Centro Administrativo representantes da associações dos Oficiais (ASOFBM), dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes (ASSTBM) e dos Cabos e Soldados (Abamf). “As medidas são inviáveis. O governador é um jovem que se julga experiente, mas não conhece a história do Rio Grande, não sabe como fomos forjados. Minha opinião, porque tenho direito a tê-la, é que ele deve estar a serviço futuro de alguma grande empresa, multinacional ou banco, para onde, depois que deixar a vida pública, se não se candidatar à presidência, que é seu sonho, será guindado”, afirmou nesta manhã, momentos antes de se dirigir ao encontro, o presidente da ASOFBM, coronel Marcos Paulo Beck.

Na reunião, Beck vai questionar os integrantes do Executivo a respeito de se o pacote ainda a ser enviado à Assembleia Legislativa incluirá medidas concretas de incremento da receita, e seus respectivos cálculos e projeções, como o governo vem fazendo em relação à carreiras e previdência. “Não vimos ainda as listas de medidas que o governo pretende adotar para combater a sonegação e a inadimplência. Também questionamos se as desonerações fiscais, algumas com quase meio século de existência, não merecem ser revisadas”, aponta.

De acordo com o presidente da ASSTBM, Aparício Santellano, a categoria pretende ouvir, mas não vai negociar redução de vencimentos ou perda de direitos. “Isso é unanimidade. Sobre o adicional por risco de vida, uma redução impactaria muito na remuneração final. Sobre previdência, no nosso caso, o Estado nem tem competência para legislar. Apesar de todos os esforços do governador em contrário, estamos aguardando a votação do PL 1645/2019.”

O projeto, que trata das aposentadorias e pensões de integrantes das Forças Armadas, foi apresentado pelo governo federal em separado da reforma da previdência, e com regras consideradas bem mais brandas. Ele está em tramitação na Câmara dos Deputados, na Comissão Especial da Reforma da Previdência dos Militares, criada para analisar o texto. Na quarta-feira a sessão da comissão que votaria o projeto foi cancelada em função de os prazos entre um pedido de vista e a votação não estarem de acordo com o regimento. Na semana passada, o relator do texto no colegiado, deputado Vinícius Carvalho (Republicanos/SP) apresentou parecer propondo que as novas regras se apliquem a policiais militares e bombeiros.

Fonte: Correio do Povo

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