O ministro da Defesa da Bolívia, Javier Eduardo Zavaleta López, anunciou a sua renúncia em uma carta publicada no Twitter da pasta, na qual ele expressou que sua vontade “é preservar a institucionalidade das Forças Armadas a serviço da população” e não contra ela.
“Nunca ordenamos que nossos soldados e marinheiros manejassem uma arma contra seu povo e nunca a daremos”, disse Zavaleta, décimo terceiro ministro a renunciar na crise boliviana.
“O Estado que construímos é uma Bolívia na qual os militares devem defender sua pátria ao lado de seu povo e não contra ele; portanto, a responsabilidade de apontar armas contra o povo será de quem levou a isso”, afirmou Zavaleta. “Uma questão política não é resolvida aumentando o calibre de repressão contra seus compatriotas. As balas não são a resposta ou a solução. Política são ideias contra ideias e não o zumbido de balas”, diz o texto.
O México anunciou na segunda-feira (11) que concedeu asilo político a Evo Morales. De acordo com o chanceler mexicano, Marcelo Ebrard, o ex-presidente da Bolívia pediu proteção um dia depois de deixar o cargo sob pressão de opositores, militares e policiais.
Morales embarcou por volta das 23h (horário de Brasília) de segunda na aeronave cedida pelo governo mexicano em Chimoré, perto de Cochabamba, informou Ebrard.