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O presidenciável Henrique Meirelles disse que é preciso aprovar reformas ou aumentar tributos para corrigir a tabela do imposto de renda

10 de setembro de 2018

O ex-ministro da Fazenda, o candidato do MDB à Presidência, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira (10) que pretende corrigir a tabela de imposto de renda se vencer a eleição presidencial, porém, condicionou a atualização à aprovação de reformas – como a da Previdência Social – ou ao aumento de tributos.

Meirelles também disse que, apesar de estar disputando a eleição presidencial pelo MDB – partido do presidente Michel Temer –, não está “defendendo nenhum grupo político”, destacou em entrevista ao site G1 e à rádio CBN. Ele não quis comentar a possibilidade de chamar o grupo político de Temer, que inclui, entre outros, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia), para integrar um eventual governo Meirelles.

“Eu não estou defendendo nenhum grupo político. Não fiquei defendendo grupo político. Sou candidato do MDB. É um partido forte, símbolo da redemocratização brasileira, presente em todo o país”, declarou.

“Vou formar um time de excelência. No momento em que for eleito presidente da República, a partir daí, eu vou começar a formar o ministério. Vou considerar todos, mas pode ter certeza que vamos ter aquilo que vamos chamar de ministério dos sonhos dos brasileiros”, complementou Meirelles, evitando dizer se o grupo de Temer estaria em seu eventual governo.

Antes de ingressar na política, Meirelles fez carreira como executivo da área financeira, tendo ocupado, inclusive, a presidência mundial do Bank of Boston. Em 2002, elegeu-se deputado federal por Goiás, mas não chegou a exercer o mandato parlamentar para comandar o Banco Central a convite do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2016, Meirelles assumiu o Ministério da Fazenda no governo Michel Temer, de onde saiu em abril para disputar a corrida pelo Palácio do Planalto.

A tabela do imposto de renda não é atualizada desde 2016. Nos dois anos em que Meirelles comandou o Ministério da Fazenda no governo Temer, não ocorreu nenhuma atualização das faixas do imposto de renda. O Orçamento de 2019, proposto pelo governo ao Congresso, também não prevê reajuste na tabela.

O Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) aponta que a defasagem média acumulada na tabela de imposto de renda, desde 1996, é de 88,4%.

Questionado  sobre se, caso vença a eleição, corrigiria a tabela do imposto de renda, o presidenciável do MDB afirmou que “sim”, mas impôs condições. Ele ressaltou que, para atualizar os valores das faixas da tabela de imposto de renda, é preciso fazer as reformas, principalmente, na Previdência Social. “Devemos corrigir, sim, a tabela do imposto de renda, para fazer o ajuste inflacionário daqui para frente”, enfatizou.

O ex-ministro afirmou que não atualizou a tabela nos dois anos em que esteve à frente da Fazenda porque o governo estava com um déficit de R$ 170 bilhões. Ele disse que não poderia diminuir a arrecadação com déficit, inflação e juros em elevação. “Então, a primeira prioridade foi diminuir o máximo possível esse déficit”, justificou.

Segundo Meirelles, caso não sejam aprovadas reformas estruturantes como a da Previdência, seria necessário aumentar tributos para equilibrar as contas públicas e abrir espaço fiscal para corrigir a tabela de imposto de renda.

Indagado sobre a resistência que enfrentaria no Congresso Nacional se vencesse a eleição para aprovar mudanças nas regras previdenciárias, o candidato do MDB disse acreditar que conseguiria fazer as alterações na Constituição nos primeiros meses de governo.

Ele defendeu a proposta de reforma previdenciária que foi encaminhada ao parlamento pelo governo Temer, mas que acabou engavetada em fevereiro por falta de apoio da própria base aliada do presidente da República, especialmente, por conta da aproximação do calendário eleitoral. De acordo com o candidato emedebista, a proposta original apresentada pelo governo é a “ideal”, e a versão modificada pelo Legislativo é “acordo viável e positivo”.

Fonte: Agência Brasil

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