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PRF amplia fiscalização no RS com o uso de drones

16 de janeiro de 2019

A cada hora de operação com drone, nos dias de movimento nas rodovias federais, é possível flagrar mais de 150 ocorrências de imprudência ou infração de trânsito no RS. Esse é o dado da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que começou no fim do ano passado a utilização dos equipamentos.

De acordo com o chefe de Comunicação Social da instituição, Cássio Garcez, o drone pode chegar a 120 metros de altura, atinge sete quilômetros de autonomia de voo e consegue fazer um monitoramento de 14 quilômetros de rodovia. “Só no período de teste, entre Natal e Ano-Novo, pelo menos 150 multas foram feitas. Entre as mais comuns, estão transitar pelo acostamento, má condução, veículos disputando corrida na rodovia, ultrapassando pela direita e até no acostamento”, detalha.

O drone possibilita uma visão geral da estrada, o que facilita a ação, caso seja necessária a abordagem. “Temos profissionais treinados para pilotar a ferramenta. É possível operar com a tela do computador ou por meio dos óculos, quando o operador consegue ver a imagem do trânsito e nos repassar”, expressa.

Segundo Garcez, o policial rodoviário federal pode estar em um ponto fixo – na BR ou em algum viaduto – ou no interior da viatura durante uma ronda. “É importante para nossas ações, porque é uma ferramenta que permite monitorar um trecho maior de rodovia tanto para infrações de trânsito quanto para situações de crime. A gente pode acompanhar veículos que estejam traficando armas ou drogas”, explica.

Atualmente, a PRF possui cinco drones. Na Região Metropolitana, são quatro em ação. Em Caxias do Sul, na Serra, é utilizado para monitorar as estradas de competência federal.

“É uma novidade, a instituição está investindo em equipamentos e em novas tecnologias. A partir de agora usaremos com mais frequência. A ideia é aproveitar o momento de verão já que as estradas têm maior fluxo. Durante o ano, o foco será no combate à criminalidade”, explica.

Drone pode salvar vidas

O drone também permite monitorar acidentes que ocorrem nas rodovias federais. “Isso permite que as viaturas cheguem antes e os policiais rodoviários federais consigam saber o tipo de solução que vão ter que empregar, se é preciso acionar a ambulância para prestar socorro às vítimas. É uma ferramenta que propicia a chegada antecipada do socorro médico, em situações mais graves”, destaca Garcez.

De acordo com ele, esse acionamento ágil é fator chave na sobrevivência da vítima. Na Região Metropolitana, por exemplo, vários acidentes foram atendidos e a situação solucionada com mais agilidade. Garcez diz que alguns deles fecharam completamente a BR 116 e, através do equipamento, foi possível verificar o melhor caminho para chegar até o local da ocorrência. “Nosso helicóptero também está com um equipamento de geração de imagens novo, que possui uma lente mais poderosa que consegue identificar placas e suspeitos.”

O novo aparelho possibilita identificar os alvos em uma distância maior. “Ele foi utilizado para testes na freeway e flagrou vários automóveis trafegando pelo local de forma irregular. Esse mesmo tipo de operação pode ser feita com custo praticamente zero, com o drone.”

Na freeway, o trânsito pelo acostamento tem sido o alvo das ações neste início de ano, principalmente nos dias de retorno do Litoral, quando há movimento intenso ou quando ocorre um acidente, momento em que a estrada para e é quase automático o aumento do número de condutores que partem para manobras proibidas.

“Existe um risco grande, porque estão no acostamento veículos em pane, bicicletas, então é extremamente arriscado. Ele não pode ser usado de forma alguma. Não existe trânsito pelo acostamento em lugar nenhum. É uma infração de trânsito”, frisa.

No RS, excepcionalmente havia a permissão de tráfego, por uma questão da antiga administradora. “Ainda assim era em um trecho bem curto. Isso não existe mais. Transitar pelo acostamento gera multa de R$ 880,00 e ultrapassar outros veículos pelo acostamento é R$ 1.400,00. É uma multa bem cara, mais sete pontos na carteira, em qualquer uma delas”, alerta.

Fonte: Correio do Povo

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