O esperado relatório sobre as origens da Covid-19 elaborado por especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e chineses inclina-se para a hipótese de uma transmissão do vírus aos seres humanos por meio de um animal intermediário infectado por um morcego. O documento praticamente descarta a tese de que a pandemia se originou em um laboratório. A publicação ocorreu nesta segunda-feira, 15 meses após o surgimento dos primeiros casos em Wuhan, no centro da China, e depois que a pandemia já provocou ao menos 2,7 milhões de mortes em todo o mundo e devastou a economia planetária.
Neste momento, o número de infecções globais (mais de 126 milhões) continua aumentando devido a variantes mais contagiosas, que obrigam os países a tomarem medidas severas de restrição, como é o caso especialmente na Europa e na América Latina. O relatório não surpreende nem resolve o mistério da origem do vírus. Ele destaca a necessidade de estudos adicionais para além da China.
Neste sentindo, o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus em Genebra, afirmou que “todas as hipóteses estão sobre a mesa e merecem estudos mais aprofundados e abrangentes”. A declaração foi feita em Genebra durante uma coletiva de imprensa conjunta com o ministro alemão para a Cooperação, Gerd Müller.