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A inflação para o consumidor recuou em Porto Alegre e em mais cinco capitais pesquisadas na terceira semana de agosto

26 de agosto de 2018

A inflação medida pelo IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) recuou em seis das sete capitais pesquisadas, incluindo Porto Alegre, na terceira semana de agosto, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (24) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

Na Capital gaúcha,  a inflação para o consumidor registrou variação de 0,11% no período. O resultado foi 0,03 ponto percentual inferior ao verificado na segunda semana de agosto. Nesta apuração, quatro das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram desaceleração em suas taxas de variação, entre as quais se destacam os grupos Transportes e Educação, Leitura e Recreação, cujas taxas passaram de 0,18% para -0,18%, e de 0,17% para -0,07%, respectivamente.

O IPC-S também recuou em Salvador (0,41% para 0,15%), Belo Horizonte (0,26% para 0,14%), Brasília (-0,35% para -0,38%), Rio de Janeiro (0,14% para 0,07%) e São Paulo (0,32% para 0,22%). O índice subiu apenas em Recife (0,10% para 0,11%).

Preços

Com a alta do dólar os preços de alimentos como pão e massa vão subir, além dos produtos de limpeza, a gasolina e os itens eletrônicos, que também devem ficar mais caros. A relação de grande parte dos brasileiros com o dólar é invisível. Apesar de a moeda ser americana, produtos comuns do dia a dia são influenciados por sua variação.

O professor de economia da FGV Marcelo Kfoury explica que cerca de 10% dos produtos da cesta básica contém matéria-prima cotada no mercado financeiro internacional. “Arroz, feijão e petróleo, por exemplo, fazem parte das negociações no exterior”, afirma.

Para o especialista, a situação é complicada porque só agora é que a inflação está se recuperando da greve dos caminhoneiros. “Com essa disparada do dólar, não haverá fôlego. Os preços vão continuar subindo durante os próximos meses”, diz.

PIB

Os analistas das instituições financeiras mantiveram em 1,49% a sua expectativa para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano. A previsão consta no mais recente Boletim Focus, divulgado na segunda-feira (20) pelo BC (Banco Central). O relatório é resultado de levantamento feito com mais de cem instituições financeiras.

Para o ano que vem, a expectativa do mercado para expansão da economia continuou em 2,50%. O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia. Os economistas dos bancos não alteraram a previsão de expansão da economia para 2020 e para 2021, que continuou em 2,5% para estes anos.

Taxa de juros

O mercado manteve estável em 6,50% ao ano a sua estimativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, ao final de 2018. Para o fim de 2019, a expectativa do mercado financeiro para a Selic continuou em 8% ao ano. Desse modo, os analistas seguem prevendo alta dos juros no ano que vem.

Dólar e balança comercial

A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 permaneceu em R$ 3,70 por dólar. Para o fechamento de 2019, ficou estável também em R$ 3,70 por dólar.

Para o saldo da balança comercial brasileira (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2018 recuou de US$ 57 bilhões para US$ 56,9 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit recuou de US$ 49,80 bilhões para US$ 49,55 bilhões.

 

Fonte: O Sul

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