Na manhã desta sexta-feira (18), a Polícia Civil deflagrou a quarta fase da operação “Infância Protegida”, que combate o armazenamento, produção e compartilhamento de pornografia infantojuvenil na internet. Ordens judiciais foram cumpridas em Porto Alegre, Lajeado, Teutônia, Tapera, Pedro Osório e Guaporé, com quatro pessoas presas em flagrante e a apreensão de pelo menos 10 mil arquivos de pedofilia.
As investigações começaram com diligências realizadas por agentes da Delegacia para a Criança e o Adolescente Vítimas de Delito, em Porto Alegre, sob a coordenação de Sabrina Doris Teixeira. Após a identificação dos suspeitos. os trâmites investigativos foram divididos com as unidades dos outros quatro municípios, em uma ação conjunta entre o Departamento de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPGV) e Departamento de Polícia do Interior (DPI).
A ação contou com o apoio do IGP (Instituto-Geral de Perícias), por meio da área de Informática Forense do Departamento de Criminalística, durante os cumprimentos de mandados de busca e apreensão. Laudos preliminares do conteúdo encontrado nos equipamentos embasaram a comprovação do crime e a prisão dos suspeitos.
Conforme o diretor da Divisão Especial da Criança e do Adolescente, delegado Thiago Albeche, as ações coordenadas em diversas partes do Estado demonstram a intensidade e abrangência investigava realizada pela corporação. “Isso demonstra que os ilícitos são apurados, independente da localidade”, sublinhou.
E de acordo com o diretor do Departamento de Polícia do Interior, delegado Joerberth Nunes, e a diretora do Departamento de Proteção a Grupos Vulneráveis, delegada Shana Hartz, é importante que a Polícia Civil atue de forma homogênea em todo Estado, dada a natureza e especificidade desses delitos.
Atentados a delegacias
Em outra ação de grande relevância nesta sexta-feira, a Polícia Civil desarticulou uma organização criminosa que planejava atentados contra Delegacias de Polícia e Fóruns de Justiça. Foram cumpridas 16 ordens judiciais em Porto Alegre, Guaíba, Eldorado do Sul, resultando em quatro prisões e na apreensão de diversas armas, além de munição, celulares, dinheiro em espécie e documentos.
As investigações se deram em duas frentes. Uma delas identificou ação criminosa de um grupo de indivíduos que planejava atentados em delegacias e fóruns. Somente nesse ano foram oito ocorrências policiais relacionada a esses fatos apuradas pela investigação.
Já a outra teve por objetivo desmantelar um esquema de tráfico de drogas e monitoramento de policiais em Eldorado do Sul, inclusive planejavam ataque contra um brigadiano. Os áudios coletados demonstram que o líder da facção tinha todos os meios para ordenar a execução, que acabou não sendo realizada.
Segundo a corporação, o nome da ofensiva, “Roque”, é uma referência ao único lance do jogo de xadrez em que se pode movimentar duas peças de forma simultânea, pelo mesmo participante, de forma que a operação também atinge duas atividades criminosas diferentes.