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Aula inaugural do curso de Direito tem debate sobre violência contra as mulheres

7 de abril de 2021

Na noite desta segunda-feira, dia 5 de abril, o curso de Direito da Unijuí propôs um debate, durante a aula inaugural, sobre “Violência contra as mulheres e feminicídios: qual o papel do Direito no seu enfrentamento?”.

Aberto ao público, por meio de transmissão no canal da Unijuí no Youtube, o evento contou com duas convidadas. A primeira a palestrar foi a promotora de Justiça do Estado, pesquisadora e autora do projeto Fale com Elas, Ivana Battaglin, que se apoiou na temática “Enfrentamento à violência contra a mulher em tempos de pandemia contra a covid-19”.

Na sua fala, ela destacou que a pandemia, o novo coronavírus ou o isolamento não foram e nem são capazes de aumentar os casos de violência contra as mulheres. “Temos que admitir, infelizmente, e até por meio de pesquisas, que a casa não é um lugar seguro para elas. A maioria dos casos ligados a violações de direitos de crianças e mulheres acontece no lar. O que a pandemia fez foi agravar alguns fatores de risco”, destacou, exemplificando com o fato de mulheres, de classe média ou alta, terem que trabalhar em casa, ficando longe de familiares e amigos, o que dificulta a comunicação. Mulheres de classes mais baixas, geralmente negras, viram o quadro se agravar por não terem acesso aos equipamentos estatais, ao sistema de justiça.

O bate-papo teve sequência com a participação de Maria Domitila Prado Manssur, que é juíza de Direito titular II da 16ª Vara Criminal da Capital. A partir do tema “A violência contra a mulher e o sistema de justiça”, a convidada destacou que a violência vem da discriminação e que o Brasil, infelizmente, é o 5º país que mais viola os direitos de mulheres. “Ocupamos essa posição mesmo tendo a terceira lei mais eficiente e moderna no enfrentamento à violência. Ocupar a quinta posição nos traz prejuízos econômicos, culturais e sociais. O Brasil, lá fora, é mal visto pelo desrespeito às mulheres e à população LGBT e por não punir, de forma adequada, os agressores”, ressaltou Maria, que também é juíza de Direito integrante da Comissão Judiciária Interdisciplinar sobre o Tráfico de Pessoas do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Para conferir o debate completo, acesse:

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