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Com apoio do Comui, Projeto de Extensão Educação em Saúde realiza visitas a idosos em Ijuí

25 de agosto de 2021

Projeto de Extensão visa promover ações de educação e promoção em saúde

Uma importante ação vem sendo realizada pelo Projeto de Extensão Educação em Saúde, da Unijuí, com o apoio do Conselho Municipal do Idoso (Comui) de Ijuí: trata-se de visitas a idosos hipertensos e diabéticos em domicílio, que visam não apenas orientar, mas avaliar e promover a saúde destes usuários, indicados pelas Estratégias de Saúde da Família (ESFs).

Conforme explica a coordenadora, professora Angélica Moreira, o projeto objetiva promover ações de educação em saúde à população idosa de Ijuí, de forma integrada, além de estratégias de educação e promoção da saúde, diagnóstico precoce, prevenção de agravos e doenças, tratamento e reabilitação. “As ações são desenvolvidas a partir da atuação multiprofissional e interdisciplinar, contribuindo com a resolutividade dos problemas demandados pela comunidade e permitindo a troca mútua de saberes”, explicou a professora, lembrando que o projeto concentra estudantes e professores dos cursos de Biomedicina, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Medicina e Nutrição da Unijuí.

Aprovado pela Vice-reitoria de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão e contando com apoio da Secretaria Municipal de Saúde, o Projeto de Extensão foi contemplado com o valor de R$ 30 mil no edital lançado pelo Comui em 2019, o que permitiu a compra de uma série de equipamentos, necessários, hoje, nas visitas em domicílio.

Os estudantes que fazem parte do projeto são divididos em grupos e contam com aparelho para aferir a pressão arterial; aparelho e fitas para verificar a glicemia; oxímetro; termômetro; balança portátil digital; estadiômetro digital; fita corporal antropométrica; plicômetro científico e bioimpedância profissional tetrapolar. No caso de idoso com diabetes evoluída, também é utilizado o doppler vascular de mesa. O registro dos valores encontrados é feito a partir de questionário adaptado do Caderno do Idoso nº 19, do Ministério da Saúde, com o uso de tablets e do programa jotform.com.

“Estamos reunindo diferentes públicos, idosos ativos e não ativos, e acreditamos que o impacto, embora imensurável objetivamente, trará maior reflexão à comunidade acadêmica a respeito da aplicação da teoria e da prática. Também, possíveis contribuições de cada área do conhecimento para a melhoria da qualidade de vida da comunidade”, destacou a professora.

Conforme explica a docente, o acompanhamento é extremamente importante na terceira idade. “O processo de envelhecimento humano é inevitável, e nele ocorrem inúmeras alterações no organismo, tanto no aspecto biológico quanto fisiológico. Há também uma redução significativa da composição corporal, das capacidades funcionais, funções neuromusculares e capacidade cardiorrespiratória. Logo, pessoas idosas têm maior incidência na manifestação de patologias, principalmente decorrentes da idade e, nesse caso, merecem destaque doenças e agravos não transmissíveis, pois exigem acompanhamento constante, evitando o aumento da mortalidade nessa população”, explica.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, as doenças cardiovasculares são líderes de mortalidade no Brasil, onde representam 29% dos óbitos. O levantamento mostra grande oscilação entre as regiões do país, em relação à urgência nos atendimentos cardiovasculares. O Centro-Oeste tem o maior índice de internações em regime de urgência, em comparação com as eletivas: 87,41%. A região Sul vem em segundo lugar, com 84,24%, seguida pela Norte, com 82,89%, e Nordeste com 82,65%. A menor porcentagem foi registrada no Sudeste com 79,40%.

“Prevenção efetiva significa atenção à saúde de modo eficaz. No diabetes, isso envolve prevenção do seu início (prevenção primária), prevenção de suas complicações agudas e crônicas (prevenção secundária) ou reabilitação das incapacidades produzidas pelas suas complicações (prevenção terciária). Na prevenção primária, busca-se proteger o indivíduo de desenvolver o diabetes, tendo ela importante impacto para evitar ou diminuir novos casos”, completa Angélica.

As visitas, iniciadas agora, terão sequência até o mês de dezembro, quando os integrantes farão uma análise do impacto do trabalho realizado quanto à prevenção de agravos provocados por doenças cardiovasculares e diabetes.

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