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Comitê Olímpico Internacional diz que atletas mantêm vagas para os Jogos Olímpicos em 2021

29 de março de 2020

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, confirmou neste sábado (28), que os atletas que já haviam conquistado a classificação para os Jogos Olímpicos em 2020 estão automaticamente com as respectivas vagas asseguradas para 2021.

“Está claro que os atletas que se qualificaram para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 permanecem qualificados. Isso é uma consequência do fato de que esses Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, em acordo com o Japão, continuarão sendo os Jogos da XXXII Olimpíada”, afirmou o presidente do COI.

Com a decisão do COI de assegurar a manutenção das vagas dos atletas já classificados, as federações esportivas de cada país ainda vão ter de definir quais serão os critérios para a distribuição dos postos que ainda estavam em disputa.

O comitê estima que 11 mil atletas de 204 países disputem os Jogos Olímpicos, e desse total 53% já garantiram suas vagas. O Brasil já tem assegurado 178 atletas no evento entre as modalidades coletivas e individuais. Previstos para este ano, os Jogos Olímpicos foram transferidos para 2021 em razão da pandemia do coronavírus.

Patrocinadores aliviados

O adiamento dos Jogos de Tóquio para 2021 devido à disseminação do coronavírus foi uma boa notícia para os patrocinadores, que preferem esperar dias melhores, disse Martin Sorrell, membro da comissão de comunicação do Comitê Olímpico Internacional (COI).

“De qualquer forma, os patrocinadores preferem o próximo ano, em meio ao caos atual”, disse Sorrell, um dos fundadores da gigante da comunicação WPP, à AFP por telefone.

Devido à pandemia de coronavírus e sob pressão nas últimas semanas, o COI decidiu na terça-feira adiar os Jogos, que acontecerão em Tóquio entre 24 de julho e 9 de agosto, nunca antes vistos em tempos de paz.

Para Sorrell, que deixou o WPP em 2018, as perguntas que surgem após essa mudança de programa são numerosas, começando com o tempo e a disponibilidade das infraestruturas, mas ele confia na organização, “extremamente competente”.

Para os patrocinadores, que pagaram centenas de milhões de dólares para serem associados ao maior evento esportivo do mundo, os próximos tempos serão difíceis, assim como para a economia em geral.

Uma crise ‘sem equivalente’

“Esta crise não tem equivalente, a única comparação possível é com os períodos de guerra”, explicou Sorrell. Vivi várias recessões na minha vida, o ‘choque’ do petróleo nos anos 80, a bolha de internet em 2001, a crise financeira de 2008… Nada foi tão rápido como isto”, acrescentou.

“O segundo trimestre deste ano será muito difícil (para as empresas), o terceiro um pouco menos e o quarto um pouco melhor, então haverá alguns sinais de recuperação até a realização dos Jogos”, continuou ele.

“O peso dos patrocinadores do COI é frequentemente superestimado”, disse à Payp Martin Payne, ex-diretor de marketing da instituição.

“Não é verdade que a tomada de decisões dentro do COI seja guiada por parceiros de negócios”, disse o irlandês de 62 anos, que durante seus 20 anos no cargo abriu as portas para os patrocinadores.

“A NBC (televisão americana com direitos olímpicos) não tem lugar na mesa onde os anfitriões decidem”, enfatizou.

“As decisões são tomadas 100% com base em considerações esportivas”, insistiu ele, enfatizando que outras instâncias, como campeonatos de futebol ou Fórmula 1 – que ele conhece bem porque trabalhou lá – são muito mais entidades comerciais do que o COI, embora as somas com que lidam sejam menos importantes.

Fonte: O Sul

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