A competição de curtas-metragens do 46º Festival de Cinema de Gramado terá temáticas que destacam a diversidade neste ano. A maioria dos 14 concorrentes apresentam reflexões sobre indígenas, negros e a população LGBT. Segundo a comissão de seleção são olhares sobre “grupos que nem sempre tiveram espaço e visibilidade”.
A violência contra transexuais está presente no documentário paulista “Estamos Todos Aqui” , de Chico Santos e Rafael Mellim, e na ficção “Apenas o Que Você Precisa Saber Sobre Mim” de Santa Catartina, de Maria Augusta V. Nunes.
Já o documentário “Majur”, de Rafael Irineu, apresenta o universo LGBT e o indígena, ao enfocar o protagonista, que é chefe de uma aldeia no interior de Mato Grosso.
De acordo com a organização, para ter um panorama da diversidade brasileira a seleção traz filmes das regiões sul, sudeste, centro-oeste e nordeste.
Cinco curtas são dirigidos por mulheres e a representatividade também está entre as protagonistas, como em “À Tona” do Distrito Federal, de Daniela Cronemberger e do gaúcho “Catadora de Gente”, de Mirela Kruel. Já o curta maranhanse em “Aquarela” de Thiago Kistenmacker e Al Danuzio é uma ficção baseada em fatos reais que narra a história de Ana, que precisa manter a família e suportar o medo enquanto o marido está na cadeia.
A comissão dos curtas brasileiros foi formada por: Camila de Moraes, diretora; Karine Emerich, produtora e diretora; Sérgio Fidalgo, ator e produtor; Stephen Bocskay, professor e escritor; e Tatiana Sager, produtora e diretora.
O 46º Festival de Cinema de Gramado será realizado de 17 a 25 de agosto na cidade da Serra do Rio Grande do Sul.