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Novo estudo mostra o impacto da Covid-19 em tecido muscular cardíaco

29 de dezembro de 2021

Um novo estudo, publicado na revista eLife, feito por pesquisadores da Universidade de Göttingen e da Escola de Medicina de Hannover, na Alemanha, avaliou os efeitos microscópicos do coronavírus no coração.

Esse é o primeiro relatório usando raio-X, com uma análise em três dimensões (3D) abrangente do envolvimento do tecido cardíaco em infecções por Covid-19, Influenza e coxsackie – da família enterovirus, que inclui também ecoviroses, poliomielite, e hepatite A.

Os cientistas avaliaram o tecido muscular cardíaco de pacientes que morreram por complicações do SARS-CoV-2. Para isso, eles utilizaram um microscópio da Universidade de Göttingen.

Como resultado, as imagens de raio-X geradas pelo aparelho revelaram que a doença causada pelo coronavírus teve impacto profundo no tecido cardíaco, em especial nos capilares – os menores vasos sanguíneos do corpo.

Coração saudável (esquerda) e coração infectado por Covid (direita) / Reprodução / M. Reichardt, T Salditt

Marius Reichardt, da Universidade de Göttingen e principal autor do artigo, disse em comunicado que os parâmetros obtidos a partir disso mostraram uma qualidade completamente diferente em relação ao tecido saudável, ou mesmo a doenças como influenza grave ou miocardite comum.

Em pessoas saudáveis, o tecido é mais inteiro. Já nas pessoas que tiveram Covid-19, o microscópio identificou diversas marcas como rachaduras, ramificações e nós causados pela formação de novos vasos capilares.

A formação de novos vasos sanguíneos chama-se angiogênese – que acontece a partir de vasos pré-existentes, ou como um processo fisiológico, ou por conta de doenças.

Rede vascular em vermelho, em um coração saudável (esquerda) e infectado por Covid (direita) / Reprodução / M. Reichardt, T Salditt

No caso de pacientes de Covid-19, trata-se de uma angiogênese intussusceptiva, ou angiogênese da rachadura.

Os cientistas acreditam que o mesmo pode acontecer nos pulmões e acabar sendo uma das consequências do coronavírus.

Outra observação feita no estudo, é que as alterações no tecido cardíaco de pacientes que morreram por SARS-CoV-2 não são parecidos com doenças que afetam o coração – como a gripe grave e miocardite comum.

Fonte: CNN BRASIL

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