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O agressor de Bolsonaro foi transferido para um presídio federal em Campo Grande

8 de setembro de 2018

O agressor confesso do candidato Jair Bolsonaro (PSL), Adélio Bispo de Oliveira, foi transferido, no início da manhã deste sábado (8), para o presídio federal de Campo Grande (MS). Pouco antes das 7h30min, ele chegou ao aeroporto de Juiz de Fora, escoltado por policiais federais, segundo a Agência Brasil.

Adélio entrou em um avião da PF (Polícia Federal), após passar a noite em um centro de detenção provisória na cidade. Antes ele havia sido novamente interrogado na sede da corporação, com objetivo de saber se ele realmente agiu sozinho, como alegou, ou se teve ajuda de outras pessoas e se o crime teve a participação de um mentor intelectual.

A transferência para um presídio federal foi tomada em comum acordo entre a juíza federal Patrícia Alencar, que ouviu Adélio na sexta-feira  (7), em audiência de instrução, o Ministério Público Federal e a própria defesa do acusado. O objetivo é garantir sua integridade física, já que poderia ser morto dentro do sistema prisional comum.

Agiu sozinho

Em depoimento à polícia, Adélio Bispo de Oliveira, responsável pelo ataque ao candidato Jair Bolsonaro (PSL) com uma faca durante evento de campanha em Juiz de Fora, na quinta-feira, disse que não foi contratado por ninguém para atentar contra a vida do político e não recebeu ajuda de terceiros. A informação é do jornal O Globo.

Ele também afirmou que “defende a ideologia de esquerda” e se considera de “esquerda moderada”. Questionado sobre a motivação do crime, alegou que Bolsonaro defende ideologia de extrema-direita e o extermínio de homossexuais, negros, pobres e índios, “situação da qual discorda radicalmente”. Afirma ainda que, embora o candidato se apresente como evangélico, “na verdade não é nada disso”.

O inquérito da PF traz o termo da audiência de custódia realizada na sexta-feira em Juiz de Fora. Além de Oliveira, que estava acompanhado de quatro advogados de defesa, estava presente uma defensora da vítima. Durante a audiência, a juíza Patrícia Alencar Teixeira de Carvalho converteu a prisão flagrante em preventiva. Em seu parecer, ela afirma que o próprio acusado admitiu sua participação no delito, sustentando motivação religiosa e divergência de opinião do plano político defendido por Bolsonaro.

A juíza destaca que o ataque “desastroso” colocou em risco não só o candidato, mas também os apoiadores que o acompanhavam, “prejudicando a ordem pública e a segurança das milhares de pessoas que participavam do ato de apoio político”. A juíza diz que Oliveira rompeu toda a célula de segurança que cercava Bolsonaro – seguranças particulares, policiais federais e militares – e se revelou “extremamente ousado e perigoso”. Para justificar seu pedido, ela destaca que o acusado não possui residência fixa e ocupação: “mantém endereços provisórios em diversas localidades e que não possui emprego ou ocupação que lhe garantam rendimentos lícitos”.

A Justiça determinou a transferência de Oliveira para presídio federal, para que sua integridade física seja preservada. Antes de ser transferido, segundo o documento, foi determinado que Oliveira passasse por atendimento médico no Ceresp (Centro de Remanejamento do Sistema Prisional), uma vez que reclamou de dores no corpo durante seu depoimento.

Fonte: O Sul

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