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Produtividade do milho fica abaixo da esperada no Rio Grande do Sul

6 de março de 2021

Mais da metade da área plantada de milho já foi colhida no Rio Grande do Sul, segundo levantamento da Emater. O índice registrado até o momento é de 55%, próximo ao observado no mesmo período da safra passada (54%). Já a produtividade de algumas regiões preocupa os agricultores.

Segundo o presidente da Apromilho (Associação dos Produtores de Milho do Rio Grande do Sul), Ricardo Meneghetti, a colheita tem andado dentro do previsto, porém o rendimento obtido fica abaixo do esperado em diversas áreas do Estado.

O problema decorre da estiagem ocorrida no final do ano passado. “Tivemos problemas sérios no florescimento do milho e na polinização. Além disso, algumas áreas enfrentaram um problema maior de falta de água no enchimento do grão. Isso acabou ocasionando uma quebra”, lamenta Meneghetti.

A estimativa do dirigente é de uma perda de cerca de 40%, o que deve levar a uma colheita de 3,5 milhões de toneladas no Rio Grande do Sul. Apesar disso, ainda não há uma estimativa de produção do milho plantado mais tarde.

Como a lavoura de milho é mais sensível ao estresse hídrico do que a soja, alguns produtores chegaram a remover o cereal para plantar a oleaginosa na mesma área. Entre as regiões mais impactadas pelo clima estão o Noroeste e o Norte do Estado.

Quanto à remuneração, que hoje está na faixa de R$ 80,00 por saca, Meneghetti pondera que muitos agricultores fizeram fixação de preço quando o valor ainda estava em cerca de R$ 50,00.

Para a próxima safra, há a preocupação com um possível aumento nos custos, o que pode reduzir as margens da cultura. Outro fator que pode influenciar na área de milho é o atual patamar de preço da soja, já que os dois cultivos são semeados no verão.

Segundo a Emater, a colheita encontra-se bastante adiantada na região de Ijuí, onde chega a 95% da área cultivada, e percebe-se aumento de produtividade em áreas colhidas nesta reta final.

O rendimento médio tem sido de 6,9 mil quilos por hectare, com boa qualidade. Porém, nas lavouras em enchimento de grãos e maturação há sintomas de enfezamento das plantas causados por microrganismos patogênicos transmitidos pela cigarrinha Dalbulus maidis.

Fonte: O Sul

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