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Todos os que viveram a pandemia seguindo rigorosamente as normas para evitar a propagação do coronavírus, principalmente o isolamento social, com certeza passaram a olhar a própria casa com outros olhos. Afinal, todas as atividades da rotina tiveram que ser adaptadas para a realização dentro do lar. Por isso, a busca por renovação nos ambientes e reformas cresceu consideravelmente durante o ano de 2020.
Assim, quanto mais dinheiro sobrando, mais foi investido em mudanças dentro de casa. De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria Consumoteca, 55% dos brasileiros da classe A fizeram alguma alteração na decoração de casa durante a pandemia. Entre a população que pertence à classe C, o percentual foi de 39%.
A chamada “febre das reformas” contribuiu também para salvar o setor de construção civil. De março a julho do ano passado, o faturamento do ramo de materiais de construção foi o segundo que mais cresceu em todo o país, perdendo apenas para o de mercados. A busca por ferramentas para a realização das pequenas reformas também disparou: o número de pesquisas na internet por escadas, tanto de alumínio quanto de outros materiais, disparou após março e teve seu auge no mês de julho, quando o item foi 32% mais buscado do que no mesmo período de 2019.
Os números do comércio eletrônico brasileiro, que se consolidou durante a pandemia, também mostram claramente a necessidade que a população teve de mudar os ambientes. De acordo com o relatório da NeoTrust, que analisou todas as vendas virtuais do país em 2020, os segmentos de artigos para casa e móveis, construção e decoração, juntos, foram responsáveis por 18% dos pedidos e 14,1% de todo o faturamento do varejo online no Brasil.
O home-office é um dos principais responsáveis pela grande procura pela renovação dos ambientes. A partir do momento em que trabalhar em casa se tornou necessário, foi crucial tornar o lar ainda mais confortável, organizado e funcional, de modo que o espaço não afetasse a produtividade e a saúde mental dos moradores.
Com as novas demandas, também surgiram novas tendências no setor de decoração. A principal delas é a das casas verdes, ou seja, repletas de plantas. O movimento já estava em alta, mas se consolidou na pandemia, quando o contato com a natureza se tornou mais escasso e teve que ser trazido para dentro de casa.
Outra tendência decorativa que está em alta é a do minimalismo, movimento que prega a manutenção apenas dos móveis e objetos essenciais dentro do lar, muito por conta da facilidade na hora de limpar a casa – outro fator essencial do período pandêmico.