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Tecnologias para destinação de animais mortos não abatidos é tema de workshop na região de Santa Rosa

25 de outubro de 2022

O workshop sobre tecnologias para destinação de animais mortos não abatidos, nesta quinta-feira (20/10), oportunizou à comunidade regional conhecer mais e debater técnicas ambientais e sanitárias que atende a uma das principais preocupações de lideranças do setor e dos suinocultores. O evento, realizado no auditório do Parque de Exposições de Santa Rosa, foi promovido pela Embrapa e contou com o apoio da Emater/RS-Ascar, Superintendência Federal da Agricultura no Rio Grande do Sul (SFA – RS/MAPA), Departamento de Defesa Animal (Seapdr), Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul (Fundesa), Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) e Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (Sips).

As ideias apresentadas inspiraram o público, que contou com a presença de lideranças como o vice-prefeito de Santa Rosa, Aldemir Ullrich, o presidente da Fundesa, Rogério Kerber, o presidente da Acsurs, Valdecir Folador e os assistentes técnicos regionais da Emater/RS-Ascar Jorge João Lunardi, de Santa Rosa, e Valdir Sangaletti, de Frederico Westphalen, assim como industriários, extensionistas da Emater/RS-Ascar, Fepam, assistentes técnicos e representantes de secretarias municipais de diferentes pontos do Noroeste Gaúcho.

Lunardi reforça a importância de aproximar os representantes da pesquisa oficial para apresentar propostas em uma região em que são abatidos em estabelecimentos sanitários credenciados mais de 1,7 milhão de suínos ao ano.

Na primeira etapa do workshop, o chefe geral da Embrapa Suínos e Aves, de Concórdia (SC), Everton Luís Krabbe, abordou o problema dos animais mortos na propriedade, levando-se em conta a mortalidade média de animais não abatidos na suinocultura, de 7 a 10% na maternidade, 1,5 a 2% na creche e 2% na terminação. Neste sentido apresentou algumas tecnologias como a composteira, rotoaceleradores e desidratadores.

Também destacou o recolhimento de animais mortos, abordando o regramento instituído com a Instrução Normativa 48, de 2019, sobre o recolhimento, transporte, processamento e destinação de animais mortos e resíduos da produção pecuária como alternativa para a sua eliminação nos estabelecimentos rurais. Essa destinação segue preceitos como biosseguridade, buscando evitar a disseminação de agentes patógenos, controle com rastreabilidade e em atendimento à legislação, transporte adequado e tecnologias de transformação.

A adoção destes cuidados, segundo Krabbe, contribui para além da biosseguridade, com o status sanitário, a imagem da cadeia produtiva, ampliação e manutenção de mercados interno e externo, redução de custos, segurança e bem-estar do produtor e possibilidade de produção sustentável. Algumas oportunidades que tem se criado é utilizar esses resíduos para a transformação em matéria-prima para fertilizantes e biodiesel.

Tecnologias de compostagem de animais mortos nas granjas foram apresentadas pelo chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Suínos e Aves, Rodrigo Nicoloso. Foram abordadas técnicas para pré-tratamento, como trituração e desidratação, e para tratamento como a compostagem tradicional para pequena escala, acelerada para grandes escalas e compostagem em leiras de animais inteiros, que atende de pequena a grandes escalas.

Outra alternativa apresentada pelo pesquisador da Embrapa Suínos e Aves Airton Kunz foi a utilização de animais mortos não abatidos para produção de biogás. Na proposta de codigestão com dejeto suíno, aproveita-se também a carcaça animal, que possui um potencial de produção de biogás cinco vezes maior em relação ao dejeto suíno. Para isso sugere-se a trituração da carcaça, por melhorar a superfície de contato aumentando a produção do biogás, reduzir a mão de obra e o tempo de higienização.

Também foi abordada pelo pesquisador Luizinho Caron a avaliação qualitativa de risco da disseminação de doenças pelo transporte de suínos mortos, destacando-se a importância de boas práticas de transporte e de biosseguridade, assim como de cuidados para evitar a contaminação de granjeiros.

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