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Vítimas de terremoto na Indonésia foram enterradas em vala comum gigantesca

1 de outubro de 2018

Voluntários indonésios escavaram nesta segunda-feira (01) uma enorme vala comum para enterrar centenas de vítimas do terremoto seguido de tsunami que atingiu a ilha de Sulawesi na sexta-feira (28), enquanto os socorristas tentam resgatar mais sobreviventes dos escombros. Inicialmente, as autoridades agruparam os corpos em necrotérios improvisados para poder identificá-los, mas, diante do risco sanitário, decidiram realizar enterros massivos.

Segundo novo balanço da agência de gestão de desastres, são 844 mortos e 48 mil deslocados – mas os números podem ser muito mais altos, pois grande parte da região afetada continua inacessível. O Itamaraty informou no sábado (29) que não há registro de brasileiros vitimados pelo desastre. Cinco estrangeiros – três franceses, um sul-coreano e um malaio – estão entre os desaparecidos.

Nas colinas que rodeiam a cidade de Palu, onde ocorreu a maioria das mortes até o momento, voluntários começaram a enterrar as vítimas em uma gigantesca vala comum, com capacidade para 1.300 corpos.

Três caminhões carregados de corpos chegaram ao local, constatou um jornalista da AFP. Um a um, foram colocados na vala e recobertos de terra. Centenas de pessoas estavam reunidas para um festival na praia na cidade de Palu, na sexta, quando ondas de até seis metros de altura atingiram a costa no início da noite, destruindo tudo em seu caminho, depois de um terremoto de magnitude 7,5.

Cerca de 191 mil pessoas precisam de ajuda humanitária, calculou a ONU (Organização das Nações Unidas) nesta segunda-feira. Entre eles, estão 46 mil crianças e 14 mil idosos, bem como a população que vive longe dos centros urbanos, mais vulneráveis, afirmou o OCHA (Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários).

O governo da Indonésia pediu ajuda internacional. Dezenas de agências humanitárias e ONGs ofereceram ajuda ao país, mas o envio de material à região é muito complicado: estradas estão bloqueadas e os aeroportos muito danificados. O presidente do país, Joko Widodo, declarou estado de emergência de 14 dias.

Mais de mil presos fugiram 

Segundo o governo, mais de mil presos fugiram de três penitenciárias na região afetada. Em um centro de detenção de Palu, construído para 120 pessoas, a maioria dos 581 detidos saíram quando os muros foram derrubados. Na prisão de Donggala, um incêndio que parece ter sido provocado pelos próprios prisioneiros acabou com a escapada de 343 deles.

“Eles se assustaram quando souberam que o terremoto havia sacudido fortemente a área”, disse Sri Puguh Utami, funcionária do Ministério da Justiça. “Os responsáveis pela penitenciária negociaram com os presos para permitir que eles se informassem sobre a situação de suas famílias, mas alguns não tiveram paciência e tocaram fogo”.

No momento do terremoto, havia 71 estrangeiros em Palu. Eles estão sendo repatriados, afirmou um porta-voz do governo. A Indonésia costuma sofrer com terremotos. Em agosto, uma série de sismos matou quase 500 pessoas na ilha turística de Lombok. Segundo a BNPB, Palu foi atingida por tsunamis nos anos de 1927 e 1968. Um tremor de magnitude 9,1 em 2004 próximo da costa do país causou o tsunami que deixou mais de 220 mil mortos na região.

Fonte: AFP

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